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Histórico da 4ª Bda C Mec

Publicado: Quinta, 09 Fevereiro 2023 20:28 | Última Atualização: Quinta, 09 Fevereiro 2023 20:28 | Acessos: 24

 

       A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (4ª Bda C Mec) é uma grande unidade operacional, considerada como Força de Emprego Estratégico pelo Exército Brasileiro. Tem a sua origem em Campo Grande, ainda no antigo estado de Mato Grosso, com a instalação da 4ª Divisão de Cavalaria (4ª D C), criada pelo Decreto Presidencial nº 26.297-A e Portaria Reservada nº 13-12 de 29 de janeiro de 1949.

    O Boletim Divisionário nº 1, de 26 de julho de 1949, apresentou a organização da 4ª D C, baseada nos regimentos hipomóveis: 10º Regimento de Cavalaria (10º R C) - Bela Vista; 11º Regimento de Cavalaria (11º R C) - Ponta Porã; 17º Regimento de Cavalaria (17º R C) - Pirassununga, com subordinação à 2ª Região Militar (transferido de sede, para Amambai, somente em 1965). Para o apoio, existiam o 9º Grupo de Artilharia Cav. 75 – Campo Grande (9º G A C 75) e a 14ª Companhia de Transmissões (14ª Cia Trns) – Campo Grande.

      Em abril de 1969, a 4ª D C passou a ser comandada pelo General de Brigada Plínio Pitaluga, considerado um herói da Força Expedicionária Brasileira, pela sua atuação ainda como capitão, no 1º Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, quando demonstrou ter liderança, audácia, ousadia e iniciativa na participação ao cerco e posterior rendição da 148ª Divisão Alemã. A 4ª D C teve outros comandantes que foram oficiais de destaque e obtiveram projeção nacional, como os generais Emilio Garrastazu Medici (1961-1963), Sylvio Couto Coelho da Frota (1965), Alvaro Cardoso (1966-1967) e Atila Vianna (1974-1977).

Por meio do Decreto nº 85.541, de 16 de dezembro de 1980, a 4ª D C foi extinta. Era o reflexo do surgimento e emprego de novos materiais de emprego militar, impondo a substituição dos cavalos nos campos de batalha. Criada por meio do Decreto nº 85.542, de 16 de dezembro de 1980, a 4ª Bda C Mec sucedeu a 4ª D C, a última Grande Unidade do Exército Brasileiro organizada em regimentos a cavalo.

A 4ª Bda C Mec iniciou suas atividades no dia 1º de janeiro de 1981, com seu Comando ainda na cidade de Campo Grande. O General de Brigada Domingos Fragomeni, liderou a transformação da grande unidade, como último comandante da 4ª D C e primeiro da 4ª Bda C Mec.

Em Dourados, o Comando da 4ª Bda C Mec ocupou o terreno doado pelo pecuarista Wilson Benedito Carneiro. Os trabalhos de construção foram iniciados em 1977, e o 3º Esquadrão do então 11º Regimento de Cavalaria, sediado em Ponta Porã, foi incorporado no ano de 1979, especialmente para permanecer em Dourados como guardião no canteiro de obras.




           O Comando da 4ª Bda C Mec instalou-se na cidade de Dourados em 15 de dezembro de 1982, cumprindo o previsto no Decreto nº 87.500, de 23 de agosto de 1982. O Quartel General está próximo de suas organizações militares, desdobradas ao longo da linha fronteiriça Brasil-Paraguai e em uma posição mais central de sua área de responsabilidade.

       O General de Brigada Garrone Romão Velloso foi o primeiro Comandante da Brigada em Dourados. Outros antigos comandantes da 4ª Bda C Mec, obtiveram destaque no cenário nacional: os generais Odilson Sampaio Benzi, Luciano Phaelante Casales (denominação histórica do 3º Esqd C Mec), Sérgio Etchegoyen, Lourival Carvalho e Luiz Felipe Carbonell.

Por intermédio da Portaria Ministerial nº 225, de 7 de março de 1988, foi concedida à 4ª Bda C Mec a denominação histórica de “Brigada Guaicurus”, com o respectivo estandarte histórico. É uma homenagem aos bravos guerreiros indígenas, considerados os senhores das planícies entre os Rios Apa e Miranda, pela semelhança entre as missões atribuídas a esta Grande Unidade e a participação efetiva dos Guaicuru quando da conquista e manutenção de grande parte da fronteira brasileira. No estandarte estão presentes um cavalo rompante em negro e, de forma estilizada, os ramos de erva-mate e de palmeira, simbolizando a vegetação da área sob a responsabilidade da brigada.

A tradição hípica, herdada da 4ª D. C., é mantida pela disputa anual do Troféu Guaicurus, com várias provas equestres, incluindo partidas de polo, entre os regimentos da brigada. A competição foi iniciada em 1975, ainda na 4ª DC, no comando do general Átila Viana. Os cavaleiros que se destacam nas provas são selecionados para representarem o Comando Militar do Oeste (CMO) em competições nacionais do Exército.

Os valores e tradições cultuados pela Brigada Guaicurus estão enunciados na Canção da 4ª Bda C Mec, letra e música do 2º tenente Elias Abujara Merege Neto, com o arranjo do subtenente José Franco Neto, aprovada pela Portaria nº 009-SGEx de 20 de setembro de 1999, publicada no Boletim do Exército nº 40, de 1º de outubro de 1999.

A área de responsabilidade da 4ª Bda C Mec registra episódios de sacrifício, de patriotismo e de epopeias bélicas. No início da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) aconteceu a morte do tenente Antonio João enfrentando as tropas paraguaias na Colônia Militar dos Dourados, na invasão do território brasileiro. Posteriormente, nestas terras foi desenvolvida a Retirada da Laguna, descrita em diversas obras pelo Visconde de Taunay. Ocorreram, ainda, os combates contra os revoltosos da Coluna Miguel Costa – Prestes, com destaque para os realizados na região da Cabeceira do Apa, em 14 e 15 de maio de 1925.

A 4ª Bda C Mec recebeu as seguintes condecorações, ostentadas em seu estandarte histórico:

- Ordem do Mérito Militar, concedida em 2002.

- Medalha Internacional da Organização Brasileira dos Veteranos das Nações Unidas e Estados Americanos, concedida em 2007.

- Ordem do Mérito Judiciário Militar, concedida em 2013.

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